Agricultores familiares de Acajutiba aumentam produção de coco para o verão

Com a chegada do verão, o coco se destaca como um dos grandes aliados contra o calor, e a produção dos agricultores da Associação dos Agricultores Unidos Boa Vista (AAUBV), na comunidade de Alto de Boa Vista, em Acajutiba, tem acompanhado a alta demanda. A primavera já trouxe temperaturas elevadas, e os agricultores familiares do Litoral Norte e Agreste Baiano colhem os frutos de investimentos em suas plantações, com uma produção crescente que promete abastecer a região com água de coco e derivados para a estação mais quente do ano.

Esse crescimento se deve aos incentivos do Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que destinou recursos para a compra de insumos como adubos e corretivos de solo, mudas certificadas e equipamentos de tratos culturais, além de assistência técnica e extensão rural (Ater). Com esses investimentos, 50 famílias foram diretamente beneficiadas, ampliando suas produções e melhorando a qualidade de vida.

Raimundo de Carvalho Moreira, agricultor e membro da AAUBV, viu sua produção de coco disparar desde o apoio recebido. “A gente tava tirando uma faixa de 5 mil cocos de 45 em 45 dias e agora estamos tirando até 8 mil em 30 dias”, explica Raimundo, que possui cerca de 360 coqueiros. Com uma produção mais intensiva, ele vende tanto na região quanto para uma fábrica de coco verde em Acajutiba, que adquire lotes a cada 15 dias. “Antes era difícil, a gente vendia o coco bem baratinho e não tinha condição de investir na produção. Hoje ganhamos da CAR adubo, calcário, fizemos análise do solo e, com tudo isso, nossa produção melhorou muito”, conta.

Para Celene da Conceição Santos, outra agricultora beneficiada, a diferença se reflete diretamente em sua renda familiar. “Melhorou muito; ganhamos adubo, mudas, e agora tiro até 1.700 cocos em uma colheita. Antes, não conseguia cuidar porque não tinha como comprar os insumos necessários. Meu marido está doente, e eu ajudo a pagar as contas com o dinheiro dos cocos”, compartilha Celene, destacando como a assistência contribuiu para a independência financeira de sua família.