Marco legal da comissão da Educação e Cultura sobre a criação da Bahia Filmes
A Comissão de Educação,
Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público da Assembleia Legislativa
promoveu, nesta quarta-feira (23), nas salas Luís Cabral e Herculano Menezes, a
audiência pública “Marco Legal da Bahia Filmes: Desafios para a Aprovação e Regulamentação”.
A reunião foi uma proposição da deputada Olívia Santana (PC do B), presidente
do colegiado, que, na abertura dos trabalhos, pediu à plateia um minuto de
silêncio em homenagem ao poeta e escritor carioca Antônio Cícero, imortal da
Academia Brasileira de Letras, que faleceu na Suíça, aos 79 anos. Em seguida, a
comunista explicou sobre o Projeto de Lei 25.532/2024, enviado à Casa do Povo
pelo Governo do Estado, no início deste mês, criando a Companhia de Audiovisual
do Estado da Bahia, com patrimônio e receitas próprios, vinculada à Secretaria
Estadual de Cultura (Secult).
“A nossa intenção é que o Parlamento baiano discuta este projeto e apresente
mais contribuições, porque são muitas as possibilidades no audiovisual. É
importante também que se diga que não é somente o cinema, o vídeo, mas também o
game, uma ferramenta fundamental que a Bahia Filmes irá cuidar. Estamos diante
de uma grande novidade, que vai estimular a cadeia produtiva do setor
audiovisual como estratégia para dinamizar a economia, impactando na geração de
emprego e renda. Temos que debater no âmbito das comissões, aprovar em plenário
e celebrar esta conquista de cineastas, produtores, gestores e todos que lutam
pela cultura em nosso Estado”, afirmou a legisladora.
Paulo Alcoforado, diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), considera que
a Bahia Filmes “vem para dar sua contribuição ao desenvolvimento econômico da
Bahia”.
Representando a Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APC-BA),
Priscilla Andreata reforçou a necessidade do diálogo permanente no intuito de
políticas públicas que fortaleçam o setor e sejam mais inclusivas. “Estamos
diante de uma oportunidade única de transformar a Bahia em um verdadeiro polo
audiovisual, capaz de refletir nossa diversidade e valorizar nossas histórias.
Que essa audiência seja um passo decisivo para que possamos tornar tudo isso
uma realidade”, manifestou a produtora de cinema.
Bruno Monteiro, secretário de Cultura da Bahia, fez uma longa exposição sobre a
estrutura da nova empresa, renovou o compromisso da gestão pública a respeito
das cotas, defendeu a ampliação dos cursos técnicos e universitários nas áreas
de cinema e audiovisual, como forma de melhorar o nível dos profissionais, e
assegurou estar convencido de que a companhia vai representar um novo momento
para a inclusão produtiva por meio do audiovisual como processo fundamental
para fomentar a economia baiana. Para o chefe da pasta da Secult, é preciso
aprovar logo este PL pois existe pressa em acessar os recursos disponíveis. “Se
este é um setor que já mobilizou mais de 160 milhões de reais nos últimos anos
sem haver uma articulação e dinamização de uma empresa, não temos dúvida de que
com a implantação da empresa teremos um investimento e um aquecimento muito
maior do audiovisual na Bahia”, salientou o gestor.