TJBA e CNJ assinam Acordo de Cooperação para aprimorar a cobrança da dívida ativa e o fluxo de execuções fiscais no Estado
O Presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministro Luís
Roberto Barroso, e a Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA),
Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, assinaram, na manhã desta
segunda-feira (21), um Acordo de Cooperação Técnica. O objetivo é aprimorar a
cobrança da dívida ativa e o fluxo de execuções fiscais no Estado.
“Temos 5 Varas de Fazenda
Pública Administrativa em Salvador e cada uma possui na faixa de 25 mil ações.
Então, esse Acordo vai facilitar a criação de um Núcleo de Justiça 4.0 e,
assim, as unidades serão desafogadas e o cidadão vai ter uma conclusão mais
rápida do seu processo”, explicou a Presidente Cynthia Resende.
“Além dos 205.307 processos
que foram baixados, desde a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica no CNJ,
no início deste ano, com a utilização do Robô Themis e a assinatura dos
magistrados nas minutas que foram produzidas, agora partiremos para o mérito
das ações que necessitam ser julgadas. É um sonho que se realiza hoje”,
complementou a Magistrada.
A Procuradora-Geral do Estado
da Bahia, Bárbara Camardelli, também assinou o documento, representando o
Governador Jerônimo Rodrigues.
Segundo o Ministro Roberto
Barroso, o Poder Judiciário tem trabalhado intensamente pela desjudicialização
da vida brasileira, tendo em vista que o Brasil possui mais de 83 milhões de
processos em curso, segundo a estatística de dezembro de 2023.
A iniciativa segue os
princípios da Resolução CNJ n. 547/2024, editada em fevereiro de
2024, com medidas para o tratamento racional e eficiente na tramitação das
execuções fiscais pendentes no Poder Judiciário. Entre essas medidas, está a
extinção de execuções fiscais de valor inferior a R$ 10 mil, desde que estejam
sem movimentação útil há mais de um ano e sem bens penhoráveis.
“Não há estrutura que dê
conta e o país não tem recursos para continuar aumentando indefinidamente o
tamanho do Judiciário. Por isso estamos procurando desjudicializar alguns
espaços da vida brasileira. Um deles é a execução fiscal, que é a cobrança da dívida
tributária pelo Estado aos impasses de contribuintes”, explicou o
Ministro. Ainda de acordo com o Presidente do CNJ, vários acordos têm
sido celebrados com diferentes Estados e Municípios para a extinção de boa
parte dessas ações.