Leci Brandão: 80 anos e uma vida dedicada à defesa da cultura negra
Uma mulher negra, com
convicções fortes e defensora de pautas sociais. Uma artista, compositora e
ativista que teve a vida marcada por dificuldades, mas também por muita
disposição em levar adiante a vontade de se expressar de várias formas. Essa é
Leci Brandão, que completa 80 anos nesta quinta-feira (12).Quem conhece a
cantora, atriz e deputada estadual Leci Brandão têm uma admiração profunda pela
história de vida dela e pelo legado que essa história representa. Desde cedo,
já demonstrava inspirações artísticas.
Gostava de samba e se
divertia quando ia para a casa da madrinha no Morro da Mangueira. Foi com essa
convivência que se tornou a primeira mulher a pertencer à ala de compositores
da Estação Primeira de Mangueira. Essa foi uma das muitas faces do pioneirismo
que marcaram sua trajetória.
A relação com a mãe Dona
Lecy, considerada melhor amiga, sempre foi firme. Muitas de suas decisões na
vida tiveram por trás um conselho da mãe, que também incentivou a sua
religiosidade: "Dona Lecy Assunção Brandão é a sabedoria da minha
vida."
A ida ao terreiro do Caboclo
Rei das Ervas, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, foi uma sugestão
de Dona Lecy, quando a filha enfrentava um momento de depressão, depois de
ficar cinco anos sem gravar. Lá, deu novo rumo à carreira e chegou a ganhar um
disco de ouro pela vendagem de um disco em homenagem a Ogum, seu santo de
cabeça.
Atualmente, Leci está no
quarto mandato consecutivo como deputada estadual na Assembleia Legislativa de
São Paulo (Alesp). Em 2022, ela recebeu 90.496 votos
O musical Leci
Brandão – Na Palma da Mão, que teve estreia em janeiro de 2023 e segue nos
palcos, trata de todos esses temas e surpreendeu a artista, que se viu
retratada em pequenos detalhes.
Em entrevista exclusiva
à Agência Brasil, Leci Brandão lembrou de vários momentos da sua
trajetória e, muito carinhosa, agradeceu por poder contar momentos importantes
que vivenciou.
Confira os principais trechos
da entrevista:
Agência Brasil:
Todos que participam do musical passam o sentimento de prazer em fazer o
espetáculo, o que achou da sua representação no musical?