Quarteirão das Artes recebe produções de artistas do Bando de Teatro Olodum
O Quarteirão das Artes,
formado pelo Pátio Iyá Nassô, Teatro Gregório de Mattos (TGM), Espaço Boca de
Brasa Centro, Café-Teatro Nilda Spencer e Espaço Cultural da Barroquinha,
recebe a partir desta quinta-feira (5) a 12ª edição do Festival de Arte Negra A
Cena Tá Preta. Até o domingo (8), talentos das artes negras no teatro, na
dança, no audiovisual e demais linguagens da performance no Brasil vão se
reunir nos equipamentos, tendo como destaque as produções dos artistas do Bando
de Teatro Olodum.
A abertura nesta quinta, às
20h, será com a revista musical Cabaré da Rrrrraça, um dos maiores sucessos do
Bando de Teatro Olodum, tendo como convidado especial o Grupo Olodum. A
montagem atual conta com direção de Cássia Valle, Valdinéia Soriano e Leno Sacramento,
trio vencedor do Prêmio Braskem de Direção 2023, pelo espetáculo “Resistência
Cabocla”.
Durante os quatro dias, o
público também poderá conferir produções próprias do Bando, como o infantil
“Casa Encantada”, de Cássia Valle; o monólogo “Escarro Início”, de Leno
Sacramento; o “Sarau Se7e + 1”, de Ednaldo Muniz; “Fyah do Ódio e do Amor”, com
NegaFyah; e “Culinária Musical”, do afrochef Jorge Washington, dentre outras
atrações.
Além disso, serão realizada
uma oficina com o ator Lázaro Ramos, voltada para artistas em formação nas
artes cênicas. Uma mesa sobre os desafios compartilhados por artistas negros no
teatro e no audiovisual vai reunir o ator Lucas Leto, a pesquisadora Mabel
Freitas e a atriz, dramaturga e roteirista da Rede Globo, Dione Carlos. Dione,
inclusive, também vai ministrar uma Oficina de Roteiro e fazer a leitura
dramática da peça “Por Elise”, da atriz e dramaturga Grace Passô.
O Corpo em Movimento vai
trazer apresentações de dança do Balé Folclórico da Bahia, da Companhia Jorge
Silva e a oficina Krump, ministrada pelo dançarino Bruno Duarte. O filme Ijó
Dudu - Memórias da Dança Negra na Bahia, dirigido pelo coreógrafo Zebrinha,
terá exibição gratuita no Festival, assim como produções nacionais premiadas, a
exemplo do monólogo “Em Busca de Judith” e solo cênico “O Grande Dia”.
Integrando as diversas
linguagens e pautas de lutas, durante o Festival haverá Intervenções do
Afrobapho, coletivo de jovens negros LGBTIA+ das periferias de Salvador que,
desde 2015, utiliza as artes para mobilização e sensibilização social. No
encerramento, que acontece no domingo (8), a partir das 20h, haverá um show
gratuito com a cantora e compositora Ayrá Soares e os tambores do Ilê Aiyê, no
Espaço Cultural da Barroquinha.
Com exceção dos espetáculos
teatrais que terão preços populares (R$30 e R$15, a meia-entrada), toda a
programação é gratuita. Os ingressos já podem ser adquiridos na plataforma
Sympla