Quem deve ICMS tem até 5 de novembro para renegociar novo Refis
Os contribuintes baianos têm
até o dia 5 de novembro para regularizar a situação com o fisco estadual com o
Novo Refis, uma forma de quitar débitos com o ICMS, de fatos geradores até 31
de dezembro de 2023. O desconto chega a até 95% dos valores correspondentes às
multas por infração e aos acréscimos moratórios.
O programa de pagamento e
parcelamento incentivado de débitos fiscais está em vigor desde a aprovação,
por parte da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), de um projeto de lei
encaminhado pelo governo do estado. A norma foi sancionada logo após pelo governador
Jerônimo Rodrigues (PT).
Em entrevista ao programa
Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, na manhã desta segunda-feira,
26, o diretor de arrecadação da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz-BA),
Augusto Guenem, explicou a necessidade do Novo Refis e deu detalhes sobre a
possibilidade de renegociação.
“Por conta da pandemia que
teve, a gente identificou um aumento grande de débito, principalmente na parte
do débito declarado, e nós submetemos ao governador a possibilidade do Refis e
foi aprovado também no Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária].
Então, temos 90 dias de prazo, até o dia 5 de novembro, oportunizando nossos
contribuintes devedores a pagarem seus débitos do ICMS”, afirmou o diretor.
Guenem ainda detalhou que, em
linhas gerais, os descontos nas multas e na correção monetária são de 95% para
o pagamento à vista, de 90% para acordos de 12 parcelas e 85% para
parcelamentos em 24 vezes.
Questionado se o Refis não
daria vantagens para pessoas que, costumeiramente, não pagam dívidas, Guenem
negou e lembrou que o programa não é uma regra na administração pública, tendo
sido motivado em 2024 por um contexto específico ligado à pandemia de Covid-19.
“Nós estamos há sete anos sem
nenhum Refis. Não é uma coisa que a Secretaria da Fazenda goste de fazer. É uma
ação em último caso que a gente termina usando. Provavelmente, será o último
Refis antes da Reforma Tributária, então é uma oportunidade grande que a gente
sinaliza aos nossos contribuintes devedores”, defendeu o dirigente.
“A Secretaria da Fazenda tem
outros instrumentos que coíbem a falta do pagamento. A gente pode protestar,
ajuíza ação, o contribuinte devedor perde benefícios fiscais. Então, existem
outros instrumentos de cobrança que a Secretaria da Fazenda usa para inibir
essa conduta”, concluiu Guenem.