Inflação desacelera e fica em 0,21% em junho, afirma IBGE

inflação do país foi de 0,21% em junho, desacelerando em relação ao mês de maio, quando foi de 0,46%. A taxa faz o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar o primeiro semestre com alta de 2,48%, o menor resultado para o período desde 2020, quando o indicador avançou apenas 0,1% nos primeiros seis meses do ano. Nos últimos 12 meses, a inflação foi de 4,23%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 10 de julho, pelo IBGE.

O resultado do mês veio abaixo da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma variação de 0,32%. A desaceleração reflete a alta menor de alimentos e bebidas, os itens com maior peso na inflação. Esse grupo apresentou alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.

Na Alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). Entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

“Entre as frutas, chama a atenção o mamão, que por conta de uma oferta maior e a concorrência com outras frutas da época, teve uma queda no preço. Também a banana prata é destaque, com maior oferta e, ainda, uma perda de qualidade por conta da intensa variação de temperatura em algumas regiões produtoras”, explica André Almeida, gerente da pesquisa. A queda na cebola, complementa o pesquisador, “também se deve à maior oferta, principalmente por conta de melhores produções no Nordeste, onde houve redução de volume de chuvas e temperaturas amenas”.

Entre as altas, destaque para a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e o arroz (2,25%). “No caso do leite, o clima adverso na Região Sul e a entressafra contribui para uma menor oferta, por conta da queda na produção. Já a batata também teve oferta mais restrita, mas relacionada ao final da safra das águas e início da safra das secas, que ainda não chegou a um patamar elevado”, avalia Almeida. O café moído, com alta de 3,03%, também se destacou em junho. Em valorização no mercado internacional e com redução na oferta mundial do grão, o subitem tem alta acumulada de 12,15% em 2024.

 

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